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tenho me dedicado à quixotesca missão de desacelerar um pouco, deixar mais brechas para o ócio e até para o tédio. deletei as redes sociais e, por enquanto, não tenho sentido que estou perdendo muita coisa, já que os algoritmos vinham me entregando o que eles achavam que eu queria ver, e não o que eu queria de fato (as publicações dos meus amigos). tem sido bom exercitar esse olhar mais calmo, menos imediatista, dá para perceber melhor os detalhes que antes passavam batidos. concordo com a impressão de que os likes viraram moeda de troca, mas, no fundo, fico com a sensação de que valem muito pouco para quem recebe. na newsletter, por exemplo, me sinto muito mais recompensado por quem dedicou parte do seu tempo para comentar o texto, principalmente os que vão além do “concordo” ou “gostei”. e tenho cumprido o compromisso que fiz comigo mesmo de me dedicar também a ler os outros com profundidade: leio, reflito e comento. a era da emoção precisa deixar de ser tão superficial.

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Nunca vou esquecer a primeira vez que vi ao vivo um quadro específico do Monet que eu havia estudado no mestrado. Ao entrar no museu e me deparar com o quadro, que eu sequer sabia que estaria ali, congelei e as lágrimas começaram a escorrer. Minha mãe não entendeu nada, daí a Carol se aproximou e explicou. Ela entendeu tudo na hora. A emoção de ver um quadro ao vivo é algo muito único e difícil de explicar. Adorei você ter trazido isso para a news. Lembrei desse meu primeiro encontro com carinho! (E também fiquei bastante choroso com a news da Aline essa semana)...

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Eu sempre fui encantada por Monet, desde criança. Quando puder ver os quadros de perto foi um momento muito especial. Só não consegui visitar sua casa, pois estava fechada. Tomara que um dia eu consiga!

Tem uma coisa muito mágica mesmo nas suas pinceladas. Taí uma atividade que eu sinto falta, ver arte de perto.

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Às vezes tenho medo de perder a capacidade de me emocionar, sabia? Sou uma pessoa que realmente chora com propaganda ou com um artista tocando no metrô - e deusa me livre de perder isso. Gosto de ser capturada por algo que não tento entender... Emoções são inevitáveis e espero que elas nunca me abandonem. Adorei o texto. Beijo

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Feb 22Liked by Vanessa Guedes

Gostei muito desse texto e ele resgata a importância de ler devagar, pensando com dedicação no que está aqui. Duas frases me fizeram parar para escrever um pouquinho:

- “Escrever é sentir com calma.”

- “A humanidade inteira está competindo pela atenção de todos.” Faz a gente pensar onde estamos colocando versus onde queremos colocar nossa atenção. E sinto, acho que como a maioria das pessoas, que a minha tem sido pulverizada.

E os espaços… tão necessários para encantamentos!

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Feb 22Liked by Vanessa Guedes

Curioso que faz poucos dias eu vi um stories que falava exatamente sobre isso - o domínio sobre a atenção. De como ficamos fisgados e presos por conteúdos pra além do que queremos; recorrendo a ferramentas e táticas tipo pomodoros, que não nos treinam, mas antes nos restringem.

"A maior revolução é ter controle da própria atenção, e pra onde ela vai."

E eu acho que faz muito sentido.

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Feb 22Liked by Vanessa Guedes

E quando a gente chora lendo o texto da amiga que está do outro lado do Atlântico?

Te amo, Nessa.

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Mais uma edição maravilhosa 😍

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Apr 27Liked by Vanessa Guedes

Oi, Vanessa! Sempre um abraço te ler!!!

Acho que as newsletters são uma "quebra" nessa rapidez da internet que tu fala. Aqui conseguimos expor de forma mais profunda e pessoal aquilo que pensamos.

Quanto aos números, é sempre uma tristeza, né?! Enquanto cem curtidas não é nada, cem pessoas lotam uma sala.

Abraços!

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