Engraçado que eu senti que ja havia lido o texto anteriormente, mas só tive certeza no final, rs. A edição da minha News essa semana fala sobre o mesmo tema, achei uma coincidência gostosa, vou aproveitar e te linkar por la. Preciso me inscrever na sua aula, faço isso mais tarde. Beijoca, van!
Sinto que essas inspirações autobiográficas não acontecem de forma consciente quando escrevo. Na verdade, quase que por petulância, eu me afasto da minha própria biografia propositalmente quando escrevo ficção, mas ela faz o seu caminho até a página sem que eu perceba. Odeio, mas amo. Hahaha
Estou planejando escrever uma edição da minha News que é mais ou menos sobre isso. Acho que, por mais ficcional que seja o projeto, as vivências de quem escreve ajudam a moldar o tom da narrativa. Mas isso não significa que aquilo ali seja ficcional. Muita gente me pergunta se a personagem do meu romance é baseada em alguém real, porque ela é muito verossímil, mas eu amo dizer que inventei tudo. Inventar é uma delícia, mesmo que a gente invente a partir do repertório que tem
Adoro autoficcção (pra ler e escrever), é um jeito de interpretar o mundo com liberdade, sem pactos e garantias. É um jeito de fazer catarse também, não necessariamente consciente. Cada texto é um mapa e cabe ao leitor chegar onde a imaginação consegue alcançar.
Eu sinto que uso muitas situações da vida (minha e dos outros) como material para a ficção, mas não sinto que isso torne meus textos de ficção autoficcionais. Acho que boa parte da graça de escrever ficção é fugir de nós mesmos, em alguma medida, e gosto muito de imaginar como um fato que na minha vida é "insignificante" poderia tomar outras proporções relevantes, ou pensar como outra pessoa (no caso, personagens) reagiriam àquela situação. É como você falou e concordo totalmente: se tudo é autoficção, nada é autoficção. E também como a Fabiane falou ali em cima: a gente pode até usar material do nosso repertório, mas criar com isso coisas novas. Tenho a vaga impressão que talvez já tenha lido esse seu texto antes, mas foi muito bom ler de novo. Beijos!
Nossa, acho essas fronteiras tão tênues, em geral, que fica difícil saber o que é o que... rsrs A não ser quando o autor nomeia assim. Mas eu gosto e acho que tudo que escrevemos leva algo nosso, do nosso repertório ou modo de ver o mundo.
Nem sempre é consciente , mas acredito que sempre tem um pouco do escritor ali, para além do repertório, por mais ficcional que seja, aquela história surge de quem aquele pessoa é, a partir de suas vivências, então não sei se é possível dizer que algo é 100% ficção....
Engraçado que eu senti que ja havia lido o texto anteriormente, mas só tive certeza no final, rs. A edição da minha News essa semana fala sobre o mesmo tema, achei uma coincidência gostosa, vou aproveitar e te linkar por la. Preciso me inscrever na sua aula, faço isso mais tarde. Beijoca, van!
pior que eu achei que tinha posto aviso antes do texto também, só depois vi que foi o texto maiorzinho no final. perdão pelo vacilo! (arrumando aqui)
li tua news e adorei, gostei de como a gente conectou o assunto!
Sinto que essas inspirações autobiográficas não acontecem de forma consciente quando escrevo. Na verdade, quase que por petulância, eu me afasto da minha própria biografia propositalmente quando escrevo ficção, mas ela faz o seu caminho até a página sem que eu perceba. Odeio, mas amo. Hahaha
Amei a edição de hoje 🖤
não tem como fugir da influência da vida :)
Estou planejando escrever uma edição da minha News que é mais ou menos sobre isso. Acho que, por mais ficcional que seja o projeto, as vivências de quem escreve ajudam a moldar o tom da narrativa. Mas isso não significa que aquilo ali seja ficcional. Muita gente me pergunta se a personagem do meu romance é baseada em alguém real, porque ela é muito verossímil, mas eu amo dizer que inventei tudo. Inventar é uma delícia, mesmo que a gente invente a partir do repertório que tem
Je suis Madame Bovary!
já tô ansiosa para ler teu texto.
Adoro autoficcção (pra ler e escrever), é um jeito de interpretar o mundo com liberdade, sem pactos e garantias. É um jeito de fazer catarse também, não necessariamente consciente. Cada texto é um mapa e cabe ao leitor chegar onde a imaginação consegue alcançar.
Eu sinto que uso muitas situações da vida (minha e dos outros) como material para a ficção, mas não sinto que isso torne meus textos de ficção autoficcionais. Acho que boa parte da graça de escrever ficção é fugir de nós mesmos, em alguma medida, e gosto muito de imaginar como um fato que na minha vida é "insignificante" poderia tomar outras proporções relevantes, ou pensar como outra pessoa (no caso, personagens) reagiriam àquela situação. É como você falou e concordo totalmente: se tudo é autoficção, nada é autoficção. E também como a Fabiane falou ali em cima: a gente pode até usar material do nosso repertório, mas criar com isso coisas novas. Tenho a vaga impressão que talvez já tenha lido esse seu texto antes, mas foi muito bom ler de novo. Beijos!
Mas é o que a gente acaba fazendo quando escreve uma newsletter né? Se mostra e se esconde o tempo todo, um jogo de luz e sombra.
total! nossas newsletters-blogs hehe
Nessa, amora de vida. E eu aqui pensando exatamente nisso. Sincronicidade existe mesmo. Não conheço nada do Enrique Vila-Matas, vou caçar. beijas
depois me conta o que vc achou, Lu.
saudades!
Nossa, acho essas fronteiras tão tênues, em geral, que fica difícil saber o que é o que... rsrs A não ser quando o autor nomeia assim. Mas eu gosto e acho que tudo que escrevemos leva algo nosso, do nosso repertório ou modo de ver o mundo.
Nem sempre é consciente , mas acredito que sempre tem um pouco do escritor ali, para além do repertório, por mais ficcional que seja, aquela história surge de quem aquele pessoa é, a partir de suas vivências, então não sei se é possível dizer que algo é 100% ficção....
com certeza, todo mundo traz a vida pra criação, algumas vezes de maneira mais explícita, outras menos. a vida é matéria-prima para montar ficção