Por aqui o passatempo é montar quebra-cabeças a noite, sem tempo cronometrado, sem mostrar o resultado final pra ninguém e sem utilidade nenhuma a não ser realmente passar-o-tempo fazendo algo que gosto. Mas muita gente se choca quando eu digo que esse é meu "hobby", como se fazer algo pra si sem resultados produtivos no final fosse uma bela perda de tempo (pra quem?)
Minha sensação enquanto lia o texto foi de pequenez. O pensamento voou para o ato final do Wall-E, sabe? É um misto de preocupação e cansaço, com pitadas de solidão.
desde que saí das redes sociais, há quase um ano, tenho percebido o quanto elas sugam o nosso tempo livre, os momentos "vazios" de contemplação (o trajeto no ônibus, por exemplo), o descanso da mente.
Meu passatempo preferido é me enfiar nas tarefas aleatórias em casa, ouvindo música ou apenas o silêncio. Arrumando uma gaveta porque me dá muito prazer algo arrumado, ou rever cadernos e anotações do ano, ou ficar no sofá com minha emotional support blanket ouvindo os barulhos da rua. Me sinto poderosa quando me recuso a fazer o que deveria fazer... E desde que perdi minha prima, aprendi a duras penas que esse pretenso futuro que a gente se organiza para.. Não existe. Então, me agarro nos passatempos, que sejam sentir o prazer de um banho pós estar muito fedida ou olhar para o céu sempre nublado da cidade de SP. Mas as vezes, muitas vezes, tô aqui de novo, no celular.
Eu fico terrivelmente aflita com as pessoa otimizando o tempo obsessivamente, nessa brisa utilitária. Pensamento, curiosidade e questionamento virou o subversivo mesmooo
Mais uma reflexão poderosa e que fica com a gente depois de lida, realmente, essa saudade do ócio é algo doído né. Não tem mais volta, nem a gente forçando é igual
interessante pensar na relação entre curiosidade e medo, porque ela vai na direção de nos incentivar a sair em busca daquilo que não sabemos e o desconhecido causa desconforto, frio na barriga, falta de controle. fiquei com vontade de ler o conto, seu texto foi provocador :)
Me sinto muito representada pelas tuas ideias. De coração. Além do pouco tempo que temos, a própria ideia de descanso anda colonizada. Olha, que a gente possa cultivar a curiosidade em 2025 ❤️
Queria só anotar um defeito do texto: está duro escolher a passagem para restackar (delegarei para a máquina?)
que delícia de repente saber que alguém também lembra que o conhecimento/educação pode ser fruto da curiosidade, do desejo de curtir a vida ao invés do controle e da produtividade. Obrigada, Vanessa!por aqui, confesso que tenho tentado voltar a encontrar figuras observando as nuvens.
Mais um texto ótimo, como sempre!
Por aqui o passatempo é montar quebra-cabeças a noite, sem tempo cronometrado, sem mostrar o resultado final pra ninguém e sem utilidade nenhuma a não ser realmente passar-o-tempo fazendo algo que gosto. Mas muita gente se choca quando eu digo que esse é meu "hobby", como se fazer algo pra si sem resultados produtivos no final fosse uma bela perda de tempo (pra quem?)
eu tenho alguns passatempos assim, mas o mais usado é palavras-cruzadas ☺️
Adoro as suas reflexões sobre tecnologia e a nossa relação com o mundo... Que texto maravilhoso; obrigada demais.
Minha sensação enquanto lia o texto foi de pequenez. O pensamento voou para o ato final do Wall-E, sabe? É um misto de preocupação e cansaço, com pitadas de solidão.
Resgatando já a bela palavra “passatempo”! Que ele volte a ser algo que passa, que passamos, e não algo que gastamos ou investimos…
E sempre bom passar um tempo proseando sobre a vida, o universo e tudo mais com você e Ana! 🥰
Eu queria ouvir essas conversas em podcast, hahaha. Saudades.
quem sabe em 2025? 👀
Se um papo com o Tiago atropela a mente louca, eu imagino o que faria uma prosa com vocês três!
Salve seu axé, muié!
Putz .. que texto …que reflexão..lindo .. excelente ..
Abraços paz, luz e amor e um 2025 lindo e abundante e um Natal de Luz ..
desde que saí das redes sociais, há quase um ano, tenho percebido o quanto elas sugam o nosso tempo livre, os momentos "vazios" de contemplação (o trajeto no ônibus, por exemplo), o descanso da mente.
Meu passatempo preferido é me enfiar nas tarefas aleatórias em casa, ouvindo música ou apenas o silêncio. Arrumando uma gaveta porque me dá muito prazer algo arrumado, ou rever cadernos e anotações do ano, ou ficar no sofá com minha emotional support blanket ouvindo os barulhos da rua. Me sinto poderosa quando me recuso a fazer o que deveria fazer... E desde que perdi minha prima, aprendi a duras penas que esse pretenso futuro que a gente se organiza para.. Não existe. Então, me agarro nos passatempos, que sejam sentir o prazer de um banho pós estar muito fedida ou olhar para o céu sempre nublado da cidade de SP. Mas as vezes, muitas vezes, tô aqui de novo, no celular.
a gente vai escorregando, mas avança né <3
Eu fico terrivelmente aflita com as pessoa otimizando o tempo obsessivamente, nessa brisa utilitária. Pensamento, curiosidade e questionamento virou o subversivo mesmooo
Mais uma reflexão poderosa e que fica com a gente depois de lida, realmente, essa saudade do ócio é algo doído né. Não tem mais volta, nem a gente forçando é igual
Sempre tão bom te ler!!!! <3
é recíproco!
interessante pensar na relação entre curiosidade e medo, porque ela vai na direção de nos incentivar a sair em busca daquilo que não sabemos e o desconhecido causa desconforto, frio na barriga, falta de controle. fiquei com vontade de ler o conto, seu texto foi provocador :)
Me sinto muito representada pelas tuas ideias. De coração. Além do pouco tempo que temos, a própria ideia de descanso anda colonizada. Olha, que a gente possa cultivar a curiosidade em 2025 ❤️
Queria só anotar um defeito do texto: está duro escolher a passagem para restackar (delegarei para a máquina?)
Obrigada por fazer meus dias melhores :)
se não fossem nossos papos, eu nem ia parar para digerir e escrever. obrigada a vc por estar na minha vida!
muito bom, Vanessa!
vou só comentar pra "ajudar o algoritmo", sendo que vou escrever sobre isso já já e lá explico melhor heheheh
que delícia de repente saber que alguém também lembra que o conhecimento/educação pode ser fruto da curiosidade, do desejo de curtir a vida ao invés do controle e da produtividade. Obrigada, Vanessa!por aqui, confesso que tenho tentado voltar a encontrar figuras observando as nuvens.