Então, eu estou doida atrás dele também, porque simplesmente tiraram do ar há uns meses atrás - eu sei porque tinha salvo os episódios explicando o complexo de édipo e de repente sumiu tudo, não encontro em lugar algum. (Eram gravações de 2018, se bem lembro, nem tinha podcats direito no spotify ainda).
Eu suspeito que tenham tirado do ar porque eram gravações de aulas completas, na íntegra, de um curso de pós em psicanálise na puc. Mas se você tá procurando podcast bom sobre o assunto, eu recenetemente redescobri o Psicanálise de Boteco (os últimos episódios estão super bem estruturados e produzidos, vale a pena).
Não sei se é aqui que comento, mas, não sei que causas criei no passado para que condições do presente me viessem parar aqui...em todo caso...estou curtndo o conteúdo...assim que eu puder...te ajudo nas contribuições financeiras
"Mas para gente mais jovem, manter uma persona online é simplesmente parte da experiência de existir. Não há uma separação entre o concreto e o abstrato." Eu percebi isso recentemente conversando com meus sobrinhos. Pra eles, o perfil online não é "uma versão minha na web". É só uma conta. Se perder acesso, tanto faz, eles criam outra. Não é incomum pra eles uma conta estar atrelada a um celular e ser substituída quando compram um novo. Entendi que as contas web pra eles não são um acervo digital, são somente ferramentas para interação.
A inveja e a vaidade andam de mãos dadas mesmo, e nossa inabilidade de falarmos enquanto agentes desse sentimento (em especial, a inveja) e não apenas alvo (e quantas vezes não há vaidade em falas como "fulana tem inveja de mim") é uma das causas para não nos resolvermos. A minha terapeuta fala de uma quadrinho em que uma pessoa está feliz com um bolo quase cheio enquanto a outra tem o mesmo bolo, mas está infeliz pois procura o único pedaço que não há ali (e que talvez, haja na grama do vizinho). Mas essa sede de protagonismo tem um viés bem negativo quando você é, nas palavras de Luri do Puxadinho do Luri, você para manter uma audiência tem a sua identidade sequestrada por ele (acho que os seus textos se complementam bastante nesse sentido). É isso, adoro os seus textos, Vanessa :) sempre com nuances
Eu li a tradução do Luri logo depois que postei esse texto, umas pessoas mandaram no privado e o texto chegou também em muitos grupos de telegram em que estou.
Tenho várias ressalvas sobre aquele texto, principalmente o teor gordofóbico .
Tem muita coisa ali que faz sentido, mas acho que foi descontextualizada. O argumento é que as pessoas são tomadas pela persona online, mas isso nunca foi novidade - nós temos personas e formas diferentes de nos apresentar em cada lugar/grupo que nos apresentamos. Esse lance de audiência moldar o trabalho do influencer não é um efeito dos dias de hoje; um exemplo fácil de lembrar era daquela época em que faziam pesquisa de opinião do público antes de filmar os últimos capítulos da novela das 9 na Globo. Ou a onda de anorexia que tomou o mundo das modelos nos anos 90. O que a internet faz é aumentar a superfície de contato entre artista/influencer e público; com isso, todos os problemas dessa dinâmica se intensificam.
Enfim, tô divagando demais hehe Mas acho que entendi como o texto citado dialoga com essa questão da inveja-protagonismo que eu trouxe aqui. Não é a mesma coisa, mas são assuntos que orbitam uma mesma esfera, sim.
Fiquei com medo de parecer que era eu a fulana que você contava, sobre a newsletter. Eu sempre fico com medo de parecer que estou copiando alguém, ou que estou tentando competir, sabe?
Mesmo acreditando que cada conteúdo é único, e cada um vai ter o seu quórum, dá um medo ser alguém satélite, que fica rondando tentando sempre fazer algo parecido.
Dito isso, acho que não é o caso, porque tenho admiração e amor por você, ambos genuínos. (e talvez sim, um tico de inveja sim, mas porque te acho pracaralhamente inteligente)
deletei meu facebook na semana passada por ter essa impressão tb de que não tinha mais nada a ver continuar com ele kkkkk amei as reflexões que você trouxe e já tô seguindo! :')
Ainda bem que você não foi boba de se contaminar com a inveja alheia. Aliás, inveja perigosa, né? Porque assim, eu também tenho uma invejinha aqui e ali, mas quando me dou conta, faço a volta, ressignifico, etc (terapia em dia, amém). A pessoa ter a audácia de mandar mensagem e ficar de kikiki do mau é palhaçada demais. 🧿🧿🧿🧿
Deletei meu FB ano passado, mas depois precisei fazer uma conta pra me desfazer de umas coisas naqueles grupos de doar/vender imóveis hehe. Mas foi bom, porque com o meu perfil que tinh toda a minha vida eu não gostava de ficar interagindo com gente desconhecida.
Gostei muito do ponto que vc trouxe sobre as pessoas mais jovens.
P.s.: quando li 300 assinantes fiquei uns segundos para entender que é pouco, porque é mais ou menos a minha base de assinantes e eu acho mais incrível do mundo 💖 😅
A inveja é um afeto. A pessoa se permitiu de alguma maneira ser afetada. Tenho ficado mais preocupada ultimamente com a impermeabilidade das pessoas as emoções. A apatia, uma epidemia tristíssima.
Eu queria grifar várias partes deste texto. De qualquer forma, salvei para ler outra(s) vez(es). Não sei se foi coincidência ou destino, mas acabei de ler a news da Bia Granja entitulada “feed mental”, que nos estimula a sair do feed das redes sociais para buscar alguns pensamentos e estéticas diferentes do que o algoritmo nos apresenta. Estou aqui matutando isso tudo.
Oie, queria o nome do podcast que vc menciona sobre psicanálise. Pesquisei há algum tempo pr ver se achava algum, mas não gostei de nenhum que achei.
Então, eu estou doida atrás dele também, porque simplesmente tiraram do ar há uns meses atrás - eu sei porque tinha salvo os episódios explicando o complexo de édipo e de repente sumiu tudo, não encontro em lugar algum. (Eram gravações de 2018, se bem lembro, nem tinha podcats direito no spotify ainda).
Eu suspeito que tenham tirado do ar porque eram gravações de aulas completas, na íntegra, de um curso de pós em psicanálise na puc. Mas se você tá procurando podcast bom sobre o assunto, eu recenetemente redescobri o Psicanálise de Boteco (os últimos episódios estão super bem estruturados e produzidos, vale a pena).
Ah, que pena!!! Vou ouvir este outro... depois conto :)
Não sei se é aqui que comento, mas, não sei que causas criei no passado para que condições do presente me viessem parar aqui...em todo caso...estou curtndo o conteúdo...assim que eu puder...te ajudo nas contribuições financeiras
"Mas para gente mais jovem, manter uma persona online é simplesmente parte da experiência de existir. Não há uma separação entre o concreto e o abstrato." Eu percebi isso recentemente conversando com meus sobrinhos. Pra eles, o perfil online não é "uma versão minha na web". É só uma conta. Se perder acesso, tanto faz, eles criam outra. Não é incomum pra eles uma conta estar atrelada a um celular e ser substituída quando compram um novo. Entendi que as contas web pra eles não são um acervo digital, são somente ferramentas para interação.
A inveja e a vaidade andam de mãos dadas mesmo, e nossa inabilidade de falarmos enquanto agentes desse sentimento (em especial, a inveja) e não apenas alvo (e quantas vezes não há vaidade em falas como "fulana tem inveja de mim") é uma das causas para não nos resolvermos. A minha terapeuta fala de uma quadrinho em que uma pessoa está feliz com um bolo quase cheio enquanto a outra tem o mesmo bolo, mas está infeliz pois procura o único pedaço que não há ali (e que talvez, haja na grama do vizinho). Mas essa sede de protagonismo tem um viés bem negativo quando você é, nas palavras de Luri do Puxadinho do Luri, você para manter uma audiência tem a sua identidade sequestrada por ele (acho que os seus textos se complementam bastante nesse sentido). É isso, adoro os seus textos, Vanessa :) sempre com nuances
Vanessa, o texto do Luri é uma tradução. Tem uma nota lá explicando. Fui desatenta. :(
Eu li a tradução do Luri logo depois que postei esse texto, umas pessoas mandaram no privado e o texto chegou também em muitos grupos de telegram em que estou.
Tenho várias ressalvas sobre aquele texto, principalmente o teor gordofóbico .
Tem muita coisa ali que faz sentido, mas acho que foi descontextualizada. O argumento é que as pessoas são tomadas pela persona online, mas isso nunca foi novidade - nós temos personas e formas diferentes de nos apresentar em cada lugar/grupo que nos apresentamos. Esse lance de audiência moldar o trabalho do influencer não é um efeito dos dias de hoje; um exemplo fácil de lembrar era daquela época em que faziam pesquisa de opinião do público antes de filmar os últimos capítulos da novela das 9 na Globo. Ou a onda de anorexia que tomou o mundo das modelos nos anos 90. O que a internet faz é aumentar a superfície de contato entre artista/influencer e público; com isso, todos os problemas dessa dinâmica se intensificam.
Enfim, tô divagando demais hehe Mas acho que entendi como o texto citado dialoga com essa questão da inveja-protagonismo que eu trouxe aqui. Não é a mesma coisa, mas são assuntos que orbitam uma mesma esfera, sim.
VIvemos tempos doidos há muito tempo.
Fiquei com medo de parecer que era eu a fulana que você contava, sobre a newsletter. Eu sempre fico com medo de parecer que estou copiando alguém, ou que estou tentando competir, sabe?
Mesmo acreditando que cada conteúdo é único, e cada um vai ter o seu quórum, dá um medo ser alguém satélite, que fica rondando tentando sempre fazer algo parecido.
Dito isso, acho que não é o caso, porque tenho admiração e amor por você, ambos genuínos. (e talvez sim, um tico de inveja sim, mas porque te acho pracaralhamente inteligente)
A admiração e o amor são recíprocos <3
E como te disse no privado, relaxa mulheeer
deletei meu facebook na semana passada por ter essa impressão tb de que não tinha mais nada a ver continuar com ele kkkkk amei as reflexões que você trouxe e já tô seguindo! :')
Ainda bem que você não foi boba de se contaminar com a inveja alheia. Aliás, inveja perigosa, né? Porque assim, eu também tenho uma invejinha aqui e ali, mas quando me dou conta, faço a volta, ressignifico, etc (terapia em dia, amém). A pessoa ter a audácia de mandar mensagem e ficar de kikiki do mau é palhaçada demais. 🧿🧿🧿🧿
Deletei meu FB ano passado, mas depois precisei fazer uma conta pra me desfazer de umas coisas naqueles grupos de doar/vender imóveis hehe. Mas foi bom, porque com o meu perfil que tinh toda a minha vida eu não gostava de ficar interagindo com gente desconhecida.
Gostei muito do ponto que vc trouxe sobre as pessoas mais jovens.
P.s.: quando li 300 assinantes fiquei uns segundos para entender que é pouco, porque é mais ou menos a minha base de assinantes e eu acho mais incrível do mundo 💖 😅
A inveja é um afeto. A pessoa se permitiu de alguma maneira ser afetada. Tenho ficado mais preocupada ultimamente com a impermeabilidade das pessoas as emoções. A apatia, uma epidemia tristíssima.
Eu queria grifar várias partes deste texto. De qualquer forma, salvei para ler outra(s) vez(es). Não sei se foi coincidência ou destino, mas acabei de ler a news da Bia Granja entitulada “feed mental”, que nos estimula a sair do feed das redes sociais para buscar alguns pensamentos e estéticas diferentes do que o algoritmo nos apresenta. Estou aqui matutando isso tudo.