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eliminadoOut 20, 2022·editado Out 20, 2022Gostado por Vanessa Guedes
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eu acho que tem regiões do interior do RS que são bem mais complicadas nessa questão, sem dúvidas. principalmente aquelas com comunidades muito muito pequenas. é triste.

mas fico feliz que vc encontra uma identidade plural entre o gauchês e o mineirês.

quando eu morava em SP, costumava ir para BH de ônibus a cada 2 meses mais ou menos. sempre tinha coisa legal para fazer lá no final de semana e eu tenho tendência forte a gostar de mineiros :D também viajei pelo interior de Minas e minha cidade favorita do mundo inteiro é São Thomé das Letras. penso em me aposentar lá haha

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Out 20, 2022Gostado por Vanessa Guedes

em tempo: releia seu texto e substitua RS por "RISADAS". Foi o que eu fiz, inconscientemente, e o resultado ficou especialmente interessante.

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demorei anos para descaracterizar o rs do riso dos chats(que eu lia nao como "risos" mas o nome do estado), e agora vc vem com essa! riogradosul riograndedosul

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Out 20, 2022Gostado por Vanessa Guedes

Que texto lindo! tua escrita é show!!!

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Amei o texto! Ainda que seja paulistana, todo mundo acha que venho do Ceará (e não deixam de estar certos). Sempre escutei muito "Fortaleza? Que delícia! Tá fazendo o que aqui em SP?", aquela visão meio idílica da novela tropicaliente - em que as pessoas tavam de boas conversando e de repente se jogavam no mar de roupa e tudo. Hello kkkkk

Sobre o metro da Sé, ele é um rito de passagem né. Demorei um tempo pra entender porque eu era alvo de xingamento quando ficava parada do lado direito da escada rolante.

Beijos e até o eventoooo

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Direito não, esquerdo da escada

#esquerdalivre

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Out 25, 2022·editado Out 25, 2022Autor

hehe deixem a esquerda livre! <3

sabe que na primeira vez que tive a chance de viajar para fora do rio grande do sul, eu fui direto para o nordeste? e falo nordeste com propriedade porque viajei por TODOS os estados da região. mas eu tinha muita curiosadade especificamente com Bahia, Paraíba e Ceará... nem lembro mais porquê. mas amei tanto. depois daquela viagem eu nunca mais parei. comecei a trabalhar para juntar dinheiro para viajar haha

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Out 20, 2022Gostado por Vanessa Guedes

Sou paulista, e a primeira vez que sai do meu estado foi para ir ao Sul, (fui a Santa Catarina), uma das coisas que mais me marcou na época foi o jeito ríspido e "grosso" de se comunicar. Voltei com uma impressão ruim, e isso se repetiu quando fui a Porto Alegre. Mas lendo teu texto hoje me fez compreender melhor e desanuviar aquele "ranço" inicial. O quanto é ruim quando julgamos algo apenas pelas nossas limitadas perspectivas. Belo texto.

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Um dos meus bff mora em Porto Alegre e quando conheci a cidade tive uma identificação forte, achei um lugar possível de morar, sabe? Coisa que nunca tinha imaginado antes, porque essa visão "branca" que temos do RS e de vários lugares do Brasil é também fruto de uma imposição cultural - conhecer melhor/revisitar a história do Brasil faz a gente pensar diferente. Claro que os traços da imigração européia marcam muito os modos de fazer por lá, imagino que parecido de onde venho, no Espírito Santo. Mas é preciso mais respeito com a história e com o povo que construiu o país - que não foi o branco, rs (de risos mesmo).

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sim! viajar é fundamental, pena que tão pouco acessível para a maioria das pessoas.

eu sou dessas que nutre uma mágoa enorme com a ausência de um sistema ferroviário para gente viajar mais e melhor pelo Brasil.

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Out 20, 2022Gostado por Vanessa Guedes

Como gaúcha em São Paulo há quase 12 anos esse texto me contemplou muito.

E uma coisa que sempre me incomodou era sentir um certo "orgulho" (na falta de uma palavra melhor) por ser do estado do RS, pois achava que não podia sentir isso, devido a toda história de preconceito que existe lá. Mas com seu texto, Vanessa, pude perceber que não dá pra simplesmente ignorar de onde a gente vem. É como você comentou. Dá pra se sentir bem sendo gaúcha, mas olhe para os problemas e os discuta, não feche os olhos pras discussões e se precisar criticar o próprio estado, pois façamos.

Enfim, você escreve muitíssimo bem, por isso me inscrevi na sua news, estou adorando ler seus textos. ;)

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eei julie! bem-vinda! arrasta uma cadeira aí, toma um chimas comigo <3

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Li sorrindo porque em Minas impera a forma mais indireta de dizer as coisas, e saindo de lá tive que aprender a ser (um pouco) mais assertivo!

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ah, as adaptações... hehe

(será que é eu amo minas também por isso? provavelmente..)

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Tenho dito que sair do seu lugar no Brasil para outro, costumeiramente sp, é como ser estrangeiro no próprio país. Faz um ano que sai de Recife, tenho ótima relação com meu estado e cidade e sinto saudades, mas foi ótimo vir e ver outras realidades e neste pacote tem o conhecer tamanho de alguns preconceitos. Sempre fui muito bem tratada em terras gaúchas, adoro a serra e retorno de tempos em tempos. Esse país carrega muitos países dentro, torço para as pessoas abrirem os olhos para a riqueza que é tudo isso. Para sermos mais curiosos e menos julgadores, sabe? Texto lindo e vulnerável, tem um pouco de cada um de nós.

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obrigada, Gabi querida!

vc costurou perfeitamente com "esse país carrega muitos países dentro", tenho essa sensação de transitar por muitas realidades quando estou aí, é bem louco.

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Jan 15, 2023Gostado por Vanessa Guedes

Vanessa, acredito que o sentimento de "eu mudei, e o lugar também" vá ser encontrado em Andaimes, do Bennedeti. Quando li, foi como um abraço. Beijos, adorei a newsletter!

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vou procurar! obrigada :)

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Sou do Rio Grande do Sul também. Morei quatro anos no Rio de Janeiro. Para além das dificuldades da vida no subúrbio (eu morava na Penha, dependia do trem, etc.) a adaptação à extroversão agressiva do carioca médio foi uma das coisas mais difíceis pelas quais eu passei. É verdade que o gaúcho médio é, em comparação com outros estados, xucro, pudico. Também achava bizarro como o simples fato de ser branco na Zona Norte gerava um certo fascínio mórbido — oh! ele é branco! ô, galego! nossa, como você é branquinho! ô ruçinho pra cá, ô ruçinho pra lá... — Uma vez, um estranho bateu o olho em mim e perguntou assim, na lata, se eu era NAZICHSTA... No RJ tive a minha primeira experiência de estar num determinado lugar e perceber que eu era a única pessoa branca ali presente. Nesse momento, entendi algo muito importante.

As pessoas têm sim uma visão muito torta sobre o Sul. Primeiro, elas jogam SC e o PR no mesmo balaio de gato. Segundo, acham que isso aqui é a Europa Brasileira®, que todo mundo é rico. Os descendentes de alemães e italianos têm esse costume cafona de se orgulhar do próprio sobrenome, costume que parece não existir em outras partes do país — e acabam se esquecendo que os seus descendentes só saíram da Alemanha ou da Itália porque estavam fodidos e morrendo de fome...

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Vanessa, como você aguentou morar em São Paulo? Passei quatro dias lá e no terceiro já estava com vontade de morrer. Pelo menos lá eu podia tomar café na rua, de madrugada...

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