Uau! Fez muito sentido pra mim. Fico nessa eterna dança entre amor e ódio, mas te lendo aqui acho que vou entrar no processo de aceitação mesmo dessa dança. Não tem um lugar pra chegar porque estaremos sempre sendo provocadas. Obrigada por compartilhar
Essa questão externa, especialmente da família, sempre pega demais. Eu fui uma criança gordinha e cresci entendendo, pelos comentários dos adultos, que isso era algo ruim. Depois de adulta eu entendi que minha aparência jamais seria boa o bastante pelo padrão social, mas nunca consegui me aceitar "do jeito que deveria", vendo as pessoas exultando o amor próprio como se fosse algo muito fácil e natural (deveria, mas na nossa sociedade é basicamente impossível). Acho importante demais repensar essas questões.
Nesse brainstorming coletivo, fico pensando se a palavra é aceitação, que às vezes parece passivo demais, ou amor próprio. Talvez tenha um pouco dos dois. Eu sinto que a minha relação com o meu corpo mudou. Passei a buscar exercícios que me dão prazer e me fazem sentir integrada com corpo, mente e espírito. Mais do que me olhar no espelho e julgar, procuro escutar os sinais que ele me dá. Ver como um exercício nos fortalece ou nos alonga a ponto de fazer tão bem. O que algumas dores significam. É claro que eu me sinto as vezes um peixe fora d'água por não aguentar salão de cabeleireiro, não me jogar em experiências estéticas, estar tão fora do padrão não só no peso. Daí faço um esforço para voltar ao meu ponto central: o que eu quero? Eu quero viver bem. Quero emagrecer, quero, sem neuroses, para não sobrecarregar meu corpo, pensando na minha saúde e bem-estar agora e no futuro. Com isso em mente, vou fazendo mudanças pequenas, que os outros não percebem, mas me fazem bem. E é a isso que me apego. É um exercício e percebo que fica cansativo quando me comparo, quando espero algo dos outros, quando me machuco com a falta de noção dos outros. Vivendo e aprendendo né?
Estou escrevendo um texto para publicação futura na minha news que conversa muito com esse seu. No meu caso estou dando o exemplo dos cabelos brancos, essa ambivalência que é ter consciência dos padrões impostos e querer ir na contra mão do capital ao mesmo passo que acabamos fazendo algo que lá no fundo nós deixa desconfortável. A minha batalha com os fios brancos me rendeu uma reflexão parecida com a sua, que bom que tem falado sobre isso, é importante demais....
Até hoje fico nesse movimento de me amar do jeito que sou, porém, são tantas violências, na família, sociedade e até nos profissionais da saúde. Uma vez fui para um ortopedista por conta de dores fortes na lombar por conta de protusões discais, mesmo treinando bastante, tendo hábitos saudáveis e o que eu ouvi do médico foi, você tem o peso masculino, precisa emagrecer. Aquilo me marcou bastante.
Uau! Fez muito sentido pra mim. Fico nessa eterna dança entre amor e ódio, mas te lendo aqui acho que vou entrar no processo de aceitação mesmo dessa dança. Não tem um lugar pra chegar porque estaremos sempre sendo provocadas. Obrigada por compartilhar
Essa questão externa, especialmente da família, sempre pega demais. Eu fui uma criança gordinha e cresci entendendo, pelos comentários dos adultos, que isso era algo ruim. Depois de adulta eu entendi que minha aparência jamais seria boa o bastante pelo padrão social, mas nunca consegui me aceitar "do jeito que deveria", vendo as pessoas exultando o amor próprio como se fosse algo muito fácil e natural (deveria, mas na nossa sociedade é basicamente impossível). Acho importante demais repensar essas questões.
Meu texto de hoje vai conversar demais com o teu. Já tô animada!
Nesse brainstorming coletivo, fico pensando se a palavra é aceitação, que às vezes parece passivo demais, ou amor próprio. Talvez tenha um pouco dos dois. Eu sinto que a minha relação com o meu corpo mudou. Passei a buscar exercícios que me dão prazer e me fazem sentir integrada com corpo, mente e espírito. Mais do que me olhar no espelho e julgar, procuro escutar os sinais que ele me dá. Ver como um exercício nos fortalece ou nos alonga a ponto de fazer tão bem. O que algumas dores significam. É claro que eu me sinto as vezes um peixe fora d'água por não aguentar salão de cabeleireiro, não me jogar em experiências estéticas, estar tão fora do padrão não só no peso. Daí faço um esforço para voltar ao meu ponto central: o que eu quero? Eu quero viver bem. Quero emagrecer, quero, sem neuroses, para não sobrecarregar meu corpo, pensando na minha saúde e bem-estar agora e no futuro. Com isso em mente, vou fazendo mudanças pequenas, que os outros não percebem, mas me fazem bem. E é a isso que me apego. É um exercício e percebo que fica cansativo quando me comparo, quando espero algo dos outros, quando me machuco com a falta de noção dos outros. Vivendo e aprendendo né?
Estou escrevendo um texto para publicação futura na minha news que conversa muito com esse seu. No meu caso estou dando o exemplo dos cabelos brancos, essa ambivalência que é ter consciência dos padrões impostos e querer ir na contra mão do capital ao mesmo passo que acabamos fazendo algo que lá no fundo nós deixa desconfortável. A minha batalha com os fios brancos me rendeu uma reflexão parecida com a sua, que bom que tem falado sobre isso, é importante demais....
Até hoje fico nesse movimento de me amar do jeito que sou, porém, são tantas violências, na família, sociedade e até nos profissionais da saúde. Uma vez fui para um ortopedista por conta de dores fortes na lombar por conta de protusões discais, mesmo treinando bastante, tendo hábitos saudáveis e o que eu ouvi do médico foi, você tem o peso masculino, precisa emagrecer. Aquilo me marcou bastante.