Uau, esse texto veio como uma luva e dialoga com uma das coisas que mais mexeram comigo em agosto (sai hoje!). Btw, eu convivi com uma pessoa extremamente narcisista recentemente, mas no meu caso eu adoeci. Porque a pessoa estava passando por um momento pessoal difícil e me arrastou pro buraco junto com ela. Tem um espaço no outro de querer ouvir, mas ele me soou falso. Finjo que to interessada pra vc continuar me ouvindo.
te entendo totalmente. uma coisa que não mencionei no texto: tenho uma recente ex-amiga que é ex exatamente pelo que vc comentou. 🫠 envelhecer é muito louco, a gente vai ficando mais ligada nas coisas, conectando os pontos...
Que texto glorioso, Vanessa. Tive faz não muito tempo uma experiência de amizade similar com um rompimento unilateral. O camarada cortou relações comigo e eu optei por deixar isso assim. Ainda não me arrependi desta decisão.
Sobre a psicanálise, se algum gênio das exatas conseguir provar que não é ciência ou qualquer coisa do tipo tudo que eu vou ter a dizer é "foda-se a ciência então" pois o bem que tem me feito não sei nem se há como medir.
Adorei este. Tenho pensado muito sobre a prisão de querer agradar todo mundo o tempo todo; é minha bola da vez... Obrigada por olhar a sua amiga narcisista e refletir de volta pra gente - e obrigada, também, pelas recomendações do Sofá da Surina.
P.S. Tenho muita vontade de ver a sua escrita num livro!
Esta semana, numa sessão de terapia, ouvi que todo artista precisa ter uma dose de narcisismo. 😂 não o doentio, claro. Mas esse espaço de fantasia. Sem isso, a gente deixaria guardado toda produção. Amei o texto!
Fico feliz em saber que a psicanálise tem te apoiado a refletir sobre a vida – ou curar pela palavra. Admiro, em particular, a coragem de abrir para o mundo algo que te levou um ano para abrir aos amigos mais próximos 💕
Fiquei curiosa com os amigos que se chatearam com a sua decisão de se aventurar na psicanálise (Talvez porque meu caminho só tenha cruzado com os simpatizantes). Não tive experiência com outras abordagens terapêuticas e portanto seria difícil opinar, mas a psicanálise é bem focada em enfiar o dedo na ferida e continuar mesmo quando a dor parece insuportável. Ao menos é assim no primeiro contato, até encontrarmos nosso ritmo ideal para continuar o acompanhamento. Essa coragem de encarar as coisas de frente muda perspectivas, e frequentemente assusta as pessoas do nosso convívio porque passamos a reagir de forma diferente.
Tua reflexão foi interessantíssima, e fico feliz que tenha compartilhado conosco. Lidar com gente é complexo - e haja terapia para balancear o impacto que essas relações acabam tendo sobre nós.
esse lance de acabar assustando as pessoas em decorrência do processo terapeutico é real.
acho que estou percebendo isso só agora. deve ser por isso que psicanálise não é "pra todo mundo", não em um sentido de exclusão, mas de fechar com o tipo de consequência que ela traz no dia a dia... interessante pensar nisso. (fiquei divagando aqui)
Ótimo texto! Fiquei tão curiosa com a tal da carta que a amiga escreveu, na hora pensei "QUE ULTRAJE". Gosto de questionar o lugar da outra pessoa que permite com que o narcisista seja sempre o centro das atenções, claro que há ganhos, mas tenho uma teoria (baseada em amostragens anedóticas) de que chega uma hora que a doação de palco chega no fim e parece não haver voltas.
eu acho fácil de lidar com isso quando são pessoas fora do círculo íntimo. mas nas amizades mais chegadas eu sinto que preciso acessar partes de mim que são mais inflexíveis... difícil.
Tema difícil de escrever e vc conseguiu super bem! Rompimentos de amizade passam muito pelo narcisismo na minha experiência,inclusive o que ouvi na última vez, de uma amiga de longa data, era exatamente o argumento do egoísmo ... hoje tenho achado bom que rompemos, eu precisava ser uma pessoa menos disponível e acho que só comecei aprender depois que essa amiga me largou. 😅
obrigada! bem, não foi fácil escrever sobre isso. mas me ajudou a entender meus próprios mecanismos de autopreservação.
que bom que vc enxergou o lado bom desse rompimento aí. eu acho sempre muito desafiador encontrar novas perspectivas para olhar as coisas que nos machucam, sabe.
texto fantástico!!!durante muitos anos eu me anulei para "caber" em um relacionamento com uma pessoa narcisista. me entristecia o moda pelo o qual ela não via problemas em expor o pior lado dela,mas debochava de mim quando eu me sentia a vontade para expor o meu lado também. até que chegou o momento em que eu entendi o "macete" para lidar com ela,que consistia em uma espécie de entrevista com aplausos. eu a deixava falar,fazia perguntas,e depois afirmava que estava certa. depois de um tempo a ficha do ridículo caiu,e faz anos que não a vejo.
bom, pelo menos a pessoa conseguiu perceber o ridículo hehe acho que pouca gente perceberia uma coisa dessas, talvez seja sinal de que havia um mínimo de perpepção sobre o mundo à volta ainda. rs
Texto perfeito para tempos em que a Psicanálise foi posta em xeque e parece ter que se defender. Meu caminho atual na análise ainda me parece que vai demorar algumas boas sessões até eu me livrar de certos incômodos, mas sei que é uma das melhores formas de me desenvolver com autonomia.
Vanessa vc escreve muito bem e sempre traz assuntos relevantes para mim. É um presente que me dou toda vez que páro aqui. Gostaria de ler um romance seu. Por qual começo? Parabéns pelas auto análises auto críticas, vejo uma mulher florescendo e é lindo seu amadurecimento
Uau, esse texto veio como uma luva e dialoga com uma das coisas que mais mexeram comigo em agosto (sai hoje!). Btw, eu convivi com uma pessoa extremamente narcisista recentemente, mas no meu caso eu adoeci. Porque a pessoa estava passando por um momento pessoal difícil e me arrastou pro buraco junto com ela. Tem um espaço no outro de querer ouvir, mas ele me soou falso. Finjo que to interessada pra vc continuar me ouvindo.
te entendo totalmente. uma coisa que não mencionei no texto: tenho uma recente ex-amiga que é ex exatamente pelo que vc comentou. 🫠 envelhecer é muito louco, a gente vai ficando mais ligada nas coisas, conectando os pontos...
Que texto glorioso, Vanessa. Tive faz não muito tempo uma experiência de amizade similar com um rompimento unilateral. O camarada cortou relações comigo e eu optei por deixar isso assim. Ainda não me arrependi desta decisão.
Sobre a psicanálise, se algum gênio das exatas conseguir provar que não é ciência ou qualquer coisa do tipo tudo que eu vou ter a dizer é "foda-se a ciência então" pois o bem que tem me feito não sei nem se há como medir.
me faz um bem danado também! ao mesmo tempo, o questionamento para mim é importante hehe
Adorei este. Tenho pensado muito sobre a prisão de querer agradar todo mundo o tempo todo; é minha bola da vez... Obrigada por olhar a sua amiga narcisista e refletir de volta pra gente - e obrigada, também, pelas recomendações do Sofá da Surina.
P.S. Tenho muita vontade de ver a sua escrita num livro!
se eu achar uma editora, tem alguns livros aqui loucos para ganharem o mundo 😄 veremos
E a gente que lê aqui enfrenta junto. Obrigada pelo texto 💛
Esta semana, numa sessão de terapia, ouvi que todo artista precisa ter uma dose de narcisismo. 😂 não o doentio, claro. Mas esse espaço de fantasia. Sem isso, a gente deixaria guardado toda produção. Amei o texto!
Obrigado por este mergulho no abismo-espelho de nós mesmos!
Fico feliz em saber que a psicanálise tem te apoiado a refletir sobre a vida – ou curar pela palavra. Admiro, em particular, a coragem de abrir para o mundo algo que te levou um ano para abrir aos amigos mais próximos 💕
é pq eu tenho os leitores mais legais 😍 hehehe
Eu não posso discordar disso 🤭
Fiquei curiosa com os amigos que se chatearam com a sua decisão de se aventurar na psicanálise (Talvez porque meu caminho só tenha cruzado com os simpatizantes). Não tive experiência com outras abordagens terapêuticas e portanto seria difícil opinar, mas a psicanálise é bem focada em enfiar o dedo na ferida e continuar mesmo quando a dor parece insuportável. Ao menos é assim no primeiro contato, até encontrarmos nosso ritmo ideal para continuar o acompanhamento. Essa coragem de encarar as coisas de frente muda perspectivas, e frequentemente assusta as pessoas do nosso convívio porque passamos a reagir de forma diferente.
Tua reflexão foi interessantíssima, e fico feliz que tenha compartilhado conosco. Lidar com gente é complexo - e haja terapia para balancear o impacto que essas relações acabam tendo sobre nós.
esse lance de acabar assustando as pessoas em decorrência do processo terapeutico é real.
acho que estou percebendo isso só agora. deve ser por isso que psicanálise não é "pra todo mundo", não em um sentido de exclusão, mas de fechar com o tipo de consequência que ela traz no dia a dia... interessante pensar nisso. (fiquei divagando aqui)
Ótimo texto! Fiquei tão curiosa com a tal da carta que a amiga escreveu, na hora pensei "QUE ULTRAJE". Gosto de questionar o lugar da outra pessoa que permite com que o narcisista seja sempre o centro das atenções, claro que há ganhos, mas tenho uma teoria (baseada em amostragens anedóticas) de que chega uma hora que a doação de palco chega no fim e parece não haver voltas.
eu acho fácil de lidar com isso quando são pessoas fora do círculo íntimo. mas nas amizades mais chegadas eu sinto que preciso acessar partes de mim que são mais inflexíveis... difícil.
Tema difícil de escrever e vc conseguiu super bem! Rompimentos de amizade passam muito pelo narcisismo na minha experiência,inclusive o que ouvi na última vez, de uma amiga de longa data, era exatamente o argumento do egoísmo ... hoje tenho achado bom que rompemos, eu precisava ser uma pessoa menos disponível e acho que só comecei aprender depois que essa amiga me largou. 😅
obrigada! bem, não foi fácil escrever sobre isso. mas me ajudou a entender meus próprios mecanismos de autopreservação.
que bom que vc enxergou o lado bom desse rompimento aí. eu acho sempre muito desafiador encontrar novas perspectivas para olhar as coisas que nos machucam, sabe.
texto fantástico!!!durante muitos anos eu me anulei para "caber" em um relacionamento com uma pessoa narcisista. me entristecia o moda pelo o qual ela não via problemas em expor o pior lado dela,mas debochava de mim quando eu me sentia a vontade para expor o meu lado também. até que chegou o momento em que eu entendi o "macete" para lidar com ela,que consistia em uma espécie de entrevista com aplausos. eu a deixava falar,fazia perguntas,e depois afirmava que estava certa. depois de um tempo a ficha do ridículo caiu,e faz anos que não a vejo.
bom, pelo menos a pessoa conseguiu perceber o ridículo hehe acho que pouca gente perceberia uma coisa dessas, talvez seja sinal de que havia um mínimo de perpepção sobre o mundo à volta ainda. rs
Texto perfeito para tempos em que a Psicanálise foi posta em xeque e parece ter que se defender. Meu caminho atual na análise ainda me parece que vai demorar algumas boas sessões até eu me livrar de certos incômodos, mas sei que é uma das melhores formas de me desenvolver com autonomia.
eu acho que demorei alguns meses até deitar no divã de verdade. cada um tem seu tempo mesmo :)
Vanessa vc escreve muito bem e sempre traz assuntos relevantes para mim. É um presente que me dou toda vez que páro aqui. Gostaria de ler um romance seu. Por qual começo? Parabéns pelas auto análises auto críticas, vejo uma mulher florescendo e é lindo seu amadurecimento
Oi!! Que coisa boa ler isso, ganhei o dia.
eu tenho algumas coisas publicadas em ficção, você pode ver a lista dos últimos aqui nesse link:
https://vanessaguedes.substack.com/p/prosa
Ótimo