Então, Van, eu penso um pouco como você. Eu sinto uma total falta de acolhimento nesse tipo de discussão (seja por não incluir mulheres que tenham malformações dos órgãos genitais, seja por não incluir trans, seja pela demonização do anticoncepcional). Até porque nós não somos vulva. A vulva faz parte da gente e merece carinho mas todo o nosso corpo merece. No fundo eu sempre tive pouca paciência justamente porque muitas coisas ali são desinformação (demonização de contraceptivo hormonal, por exemplo. E aí não se leva em conta o fato de que são os contraceptivos de maior aceitação no sus, o que exclui também mulheres que usam por necessidade ou mesmo por opção). Eu acho muito bonito a gente ter essas percepções sobre o nosso corpo (como vc teve sobre o colo do útero) mas pra mim sempre ficou mais como algo individual e pessoal, justamente porque em rodas de discussão entra muito preconceito e muitas "verdades absolutas". Uma vez eu respondi um post (nem me lembro sobre o que era) no instagram e eu defendi a opção da mulher usar contraceptivo hormonal e citei outras causas bem mais comuns de trombose, como cigarro. Eu nunca fui tão atacada. Mulheres me chamando de desinformada (por acaso sou médica e sei que o cigarro é sim bem mais trombogênico que pílula), fazendo piadinhas e dizendo até que mulher que opta por hormônio é porque não tem informação. Uma amiga quando virou mãe sentiu a necessidade de justificar o parto cesáreo da filha porque ela vive cercada pelas rodas do parto natural. É muita falta de acolhimento quando a OPÇÃO da mulher não é o aspecto mais valorizado por essa cultura, seja pílula, seja cesariana, seja usar absorvente. Esse "mundo do sagrado feminino" é muito cheio disso então eu acabo tendo uma vivência mais pessoal nesse aspecto de valorizar, aprender sobre e amar meu corpo. Adorei seu texto de hoje e um beijo carinhoso.
Fique tocada com teu relato. Gostaria que não fosse uma coisa comum, mas também recebi outros parecidos com esse no privado. Eu espero que as pessoas sejam mais compreensivas no futuro, parece que não importa o quanto a gente caminha no avanço das pesquisas e do conhecimento, ainda sim a moral das pessoas não acompanha esse desenvolvimento de forma saudável.
Você foi muito educada e comedida nesse post ao expor ideias e o que elas implicam, parabéns. Eu já perdi a paciência de bater boca com essa galera do "sagrado feminino"... Da próxima vez que eu quiser gritar, vou só encaminhar tua news.
Tenho me interessado pelas discussões de gênero e me distanciado, inclusive, da palavra feminista. Ser mulher hoje é uma incógnita para mim, não sei responder sua pergunta e também me sinto confortável com isso. Vejo que em vários momentos da minha história a definição queer me abraça com carinho, mas ainda fico no entre - perdida mas de boas. Falando do copinho, foi uma revolução das boas na minha vida, mas ando cansada de sangrar tanto - com a pandemia minha tpm é basicamente metade do mês.
Parabéns pelo artigo! Há muito que sinto e penso o mesmo 😧
Exatamente o mesmo!
Obrigada pela partilha!
Sinto que é importante sim existir pessoas disponíveis e espaços onde podemos procurar ajuda para entendermos um pouco melhor sobre a nos próprios!
Pessoas que vibrem a energia do amor e da aceitação, pessoas que possam ajudar outras a ser o reflexo de si mesmas e não cópias umas das outras!
É urgente ajudar sim! Mas sem condicionalismo!
É bom ter um lugar onde procurar amor 🧡
É bom ser exatamente como és e aceitares te e seres aceite 🤍
Este lugar não poderá ser chamado de sagrado feminino… este lugar onde todos cabem uns ao lado dos outros e nenhum se destaca ou se faz parecer melhor ou maior!
As terapias em círculo são lindas e as rodas devem existir sim mas há lugar para todos! E todos podem conhecer se um pouco mais a si mesmo num ambiente seguro de aceitação!
Então, Van, eu penso um pouco como você. Eu sinto uma total falta de acolhimento nesse tipo de discussão (seja por não incluir mulheres que tenham malformações dos órgãos genitais, seja por não incluir trans, seja pela demonização do anticoncepcional). Até porque nós não somos vulva. A vulva faz parte da gente e merece carinho mas todo o nosso corpo merece. No fundo eu sempre tive pouca paciência justamente porque muitas coisas ali são desinformação (demonização de contraceptivo hormonal, por exemplo. E aí não se leva em conta o fato de que são os contraceptivos de maior aceitação no sus, o que exclui também mulheres que usam por necessidade ou mesmo por opção). Eu acho muito bonito a gente ter essas percepções sobre o nosso corpo (como vc teve sobre o colo do útero) mas pra mim sempre ficou mais como algo individual e pessoal, justamente porque em rodas de discussão entra muito preconceito e muitas "verdades absolutas". Uma vez eu respondi um post (nem me lembro sobre o que era) no instagram e eu defendi a opção da mulher usar contraceptivo hormonal e citei outras causas bem mais comuns de trombose, como cigarro. Eu nunca fui tão atacada. Mulheres me chamando de desinformada (por acaso sou médica e sei que o cigarro é sim bem mais trombogênico que pílula), fazendo piadinhas e dizendo até que mulher que opta por hormônio é porque não tem informação. Uma amiga quando virou mãe sentiu a necessidade de justificar o parto cesáreo da filha porque ela vive cercada pelas rodas do parto natural. É muita falta de acolhimento quando a OPÇÃO da mulher não é o aspecto mais valorizado por essa cultura, seja pílula, seja cesariana, seja usar absorvente. Esse "mundo do sagrado feminino" é muito cheio disso então eu acabo tendo uma vivência mais pessoal nesse aspecto de valorizar, aprender sobre e amar meu corpo. Adorei seu texto de hoje e um beijo carinhoso.
Fique tocada com teu relato. Gostaria que não fosse uma coisa comum, mas também recebi outros parecidos com esse no privado. Eu espero que as pessoas sejam mais compreensivas no futuro, parece que não importa o quanto a gente caminha no avanço das pesquisas e do conhecimento, ainda sim a moral das pessoas não acompanha esse desenvolvimento de forma saudável.
Você foi muito educada e comedida nesse post ao expor ideias e o que elas implicam, parabéns. Eu já perdi a paciência de bater boca com essa galera do "sagrado feminino"... Da próxima vez que eu quiser gritar, vou só encaminhar tua news.
Tô rindo do "educada e comedida" porque é tudo o que não consigo ser ao vivo, ainda bem que para escrever eu respiro antes LOL
Tenho me interessado pelas discussões de gênero e me distanciado, inclusive, da palavra feminista. Ser mulher hoje é uma incógnita para mim, não sei responder sua pergunta e também me sinto confortável com isso. Vejo que em vários momentos da minha história a definição queer me abraça com carinho, mas ainda fico no entre - perdida mas de boas. Falando do copinho, foi uma revolução das boas na minha vida, mas ando cansada de sangrar tanto - com a pandemia minha tpm é basicamente metade do mês.
Tem dias que eu queria ser só uma bolha de sabão no ar. Te entendo.
Uau 😦
Parabéns pelo artigo! Há muito que sinto e penso o mesmo 😧
Exatamente o mesmo!
Obrigada pela partilha!
Sinto que é importante sim existir pessoas disponíveis e espaços onde podemos procurar ajuda para entendermos um pouco melhor sobre a nos próprios!
Pessoas que vibrem a energia do amor e da aceitação, pessoas que possam ajudar outras a ser o reflexo de si mesmas e não cópias umas das outras!
É urgente ajudar sim! Mas sem condicionalismo!
É bom ter um lugar onde procurar amor 🧡
É bom ser exatamente como és e aceitares te e seres aceite 🤍
Este lugar não poderá ser chamado de sagrado feminino… este lugar onde todos cabem uns ao lado dos outros e nenhum se destaca ou se faz parecer melhor ou maior!
As terapias em círculo são lindas e as rodas devem existir sim mas há lugar para todos! E todos podem conhecer se um pouco mais a si mesmo num ambiente seguro de aceitação!