No início da vida adulta, eu fui aluna em muitas aulas de escrita criativa. Muitas mesmo. O que mais me surpreendia nas outras pessoas que frequentavam essas oficinas comigo, era que a maioria delas estava escrevendo coisas muito próximas de experiências que elas viveram. Arrisco dizer que a principal motivação para a escrita delas era elaborar um testemunho sobre as próprias vivências. Mesmo nas histórias de ficção, se usava muito material da vida, de cunho testemunhal ou confessionário, ao ponto de ser levemente constrangedor em alguns casos. Geralmente, a vergonha das pessoas em exporem seus escritos para os colegas não vinha de um medo do que achariam do seu estilo, estrutura de prosa, ou algo mais técnico, mas sim da exposição da própria intimidade. Principalmente com alunos que estavam escrevendo há muito pouco tempo.
Medo de autoficção
Medo de autoficção
Medo de autoficção
No início da vida adulta, eu fui aluna em muitas aulas de escrita criativa. Muitas mesmo. O que mais me surpreendia nas outras pessoas que frequentavam essas oficinas comigo, era que a maioria delas estava escrevendo coisas muito próximas de experiências que elas viveram. Arrisco dizer que a principal motivação para a escrita delas era elaborar um testemunho sobre as próprias vivências. Mesmo nas histórias de ficção, se usava muito material da vida, de cunho testemunhal ou confessionário, ao ponto de ser levemente constrangedor em alguns casos. Geralmente, a vergonha das pessoas em exporem seus escritos para os colegas não vinha de um medo do que achariam do seu estilo, estrutura de prosa, ou algo mais técnico, mas sim da exposição da própria intimidade. Principalmente com alunos que estavam escrevendo há muito pouco tempo.