8 Comentários

É o clássico Behaviorismo tão utilizado pelas redes e tendo como representante máximo o instagram. Ratinhos de laboratório, somos. E concluir que ainda há algo de autonomia no comportamento na internet não me parece seguro, sei lá, nesse ponto não tenho lá grandes certezas (mas sobre o que temos nos dias de hoje, afinal?) Essa discussão é muito bem elucidada no “Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais”. Em todo caso, gostei da ideia de redes como museus. Cada um que valide sua “casa” com segurança e otimismo! 😊

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Bem por aí. No mais, sobre a autonomia, não tava pensando nisso quando escrevi, mas no fato de que não somos necessariamente obrigados a postar. Sabe? Tenho a sensação que a maioria das coisas que fazem a gente se sentir obrigado é uma espécie de pressão sutil de comportamento de grupo só.

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Estou citando da minha cabeça, mas teve um lance no uso do ícone do coração, não teve? Antes era usado o símbolo do joinha. Posso tar errada tb.

Aguardo as próximas!⭐️

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Tem estudos sobre a influência dos ícones sim, mas não sei o quanto muda as coisas mesmo. Eu acjo que se a quantificação permanece, não tem uma mudança real no modo que usamos a plataforma, sabe?

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Amei demais essa edição. Acho que rende uma boa conversa a relação entre arte e capitalismo, nesse tema de redes como galerias ou museus, trazendo a arte também como possibilidade de contestação ao sistema.

Mas sem dúvida o capitalismo é a grande chave para pensar o mundo hoje, e seu texto mostra isso maravilhosamente. Um sistema que vem assumindo uma versão das mais emocionalmente impactantes, levando as pessoas a se autoproduzir como conteúdo de forma voluntária para alimentar as redes.

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Sim! Eu acho que a gente tinha que escrever mais sobre arte e capitalismo. Precisamos pensar esse cansaço geral e a repetição das coisas, né? Dá pano para manga.

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"Prisões onde os carcereiros transformam-se em algoritmos que, observando nosso comportamento, nos dão um biscoito ou nos deixam perecer no limbo do esquecimento na cela virtual."

E o biscoito e o limbo tornam-se reais nas nossas emoções, (in)validando quem somos no mundo real. E aí, haja sanidade mental para manter essa diferença (real x virtual) clara.

Excelente texto.

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Que texto, Vanessa. To aqui digerindo. Quando você fala das grades e do like como moeda, sinto que atingiu pontos importantes. É desesperador ficarmos presos ao número de likes como se isso fizesse alguma diferença real em nossas vidas. Não é à toa este desconforto tão grande com as redes - as grades são de uma prisão.

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