Excelente texto, há algum tempo essa ideia de ter que "gostar do que se faz" me perturba, especialmente depois de uma reunião em que a funcionária do marketing de uma empresa bilionária chamou de "nosso grande sonho" a aquisição de uma outra empresa. Eu tentei conectar essa sensação em um texto, através das leituras que havia feito na época, o Bullshit Jobs do David Graeber e o Corrosão do Caráter, do Richard Sennet, no fim o texto acabou indo para outro lado e essa história de gostar do que faz ficou de lado, mas acho que ainda conversa um tanto com o seu, caso se interesse: https://buttondown.com/linhascruzadas/archive/trabalhar-faz-sentido/
Uau que pedrada de texto, Vanessa! Justamente no momento em que tô prestes a tirar minhas primeiras férias da vida depois de uns 8 anos trabalhando quase ininterruptamente por estar imerso nessa lógica de amor ao trabalho. Refletir sobre amor, conexão e sentido da vida num mundo em que apenas o trabalho na carreira se mostra como algo que nos une e identifica enquanto pessoas nesse mundo cão. Sei lá o que quero dizer com isso tudo só sei que sinto amor nas suas palavras. Grande abraço!
Que texto incrível. Precisei sair do email e vir aqui comentar isso. Me sinto totalmente deslocada com a vida e toda essa coisa de precisar trabalhar e ser explorada. Sinto que sou um zumbi à deriva esperando o fim, já que é um começo não existe nesse mundo.
Tenho pensado tanto sobre isso... estou quase desistindo de uma carreira construída ao longo de 25 anos.
Mais da metade desse tempo, passei erguendo minha própria empresa, com valores e ideais que faziam sentido e... de repente me vi sendo igual a todos os outros patrões que já tive.
Cheguei a conclusão, tardiamente, que trabalho e "sucesso" não dão nenhum sentido à vida... apenas fazem você se sdentir ainda pior por ter acreditado nisso.
Como assim sua carreira não vai te amar de volta? Posso te dar dezenas de exemplos, centenas. De médicos, empresárias, artistas, atletas, políticos, religiosos, chefs, humoristas, cientistas… Quem não ama a sua carreira, aí sim não deve esperar ser amado de volta. Vai lá, faz o mínimo, bate o cartão e volta pra casa.
A forma como nos relacionamos com o dinheiro também cria uma ideia tão surreal de carreira. Tem que ganhar, muito, e ainda ter muito orgulho do que faz. Enfim, muitas camadas. Ótimo texto Vanessa!
Que texto, que knockout! E a imigrante-latino-brasileira no limbo entre o protestante e o católico tendo crise de identidade e carreira por aqui: sim ou sim.
quando eu li sobre a influencia dessas logicas da religiao catolica ou protestante no sul e no norte do globo, uma chave de compreensao do mundo se abriu pra mim. esse pensamento do Max Weber é um classico. quanto a nos, como ratos, é aquela velha maxima: se correr o bixo pega, se ficar o bixo come. obrigada pela reflexao!
Esse texto me pegou TANTO. Ainda mais agora, que eu decidi "ficar por conta" já que não tô conseguindo trabalho fixo (o que aparece, não paga nem 1/3 das minhas contas). E eu DETESTO a frase: "trabalhe com o que você gosta e você nunca mais irá trabalhar". É uma das maiores inverdades da atualidade.
Excelente texto, há algum tempo essa ideia de ter que "gostar do que se faz" me perturba, especialmente depois de uma reunião em que a funcionária do marketing de uma empresa bilionária chamou de "nosso grande sonho" a aquisição de uma outra empresa. Eu tentei conectar essa sensação em um texto, através das leituras que havia feito na época, o Bullshit Jobs do David Graeber e o Corrosão do Caráter, do Richard Sennet, no fim o texto acabou indo para outro lado e essa história de gostar do que faz ficou de lado, mas acho que ainda conversa um tanto com o seu, caso se interesse: https://buttondown.com/linhascruzadas/archive/trabalhar-faz-sentido/
vou ler! ❤️
Uau que pedrada de texto, Vanessa! Justamente no momento em que tô prestes a tirar minhas primeiras férias da vida depois de uns 8 anos trabalhando quase ininterruptamente por estar imerso nessa lógica de amor ao trabalho. Refletir sobre amor, conexão e sentido da vida num mundo em que apenas o trabalho na carreira se mostra como algo que nos une e identifica enquanto pessoas nesse mundo cão. Sei lá o que quero dizer com isso tudo só sei que sinto amor nas suas palavras. Grande abraço!
grande abraço para ti tb e aproveita o descanso!
Que texto incrível. Precisei sair do email e vir aqui comentar isso. Me sinto totalmente deslocada com a vida e toda essa coisa de precisar trabalhar e ser explorada. Sinto que sou um zumbi à deriva esperando o fim, já que é um começo não existe nesse mundo.
Eu tava com uma saudade de ler você ^^
Nossa, teu texto bateu forte aqui.
Tenho pensado tanto sobre isso... estou quase desistindo de uma carreira construída ao longo de 25 anos.
Mais da metade desse tempo, passei erguendo minha própria empresa, com valores e ideais que faziam sentido e... de repente me vi sendo igual a todos os outros patrões que já tive.
Cheguei a conclusão, tardiamente, que trabalho e "sucesso" não dão nenhum sentido à vida... apenas fazem você se sdentir ainda pior por ter acreditado nisso.
uau, Vanessa, que texto foda
Não brincas em serviço, hein, gata? hahahaha Que porrada!!!!
sempre bem loca das ideia rs
"No fim do dia, queremos ser amados. Não apenas pelas nossas mães, mas apesar das nossas mães."
Como disse a Anna Raissa: "O latino é traumatizado pelo pai ausente e pela mãe presente."
anna raissa genial haha
Puxa, nunca tinha ouvido essa frase e achei muiiiito coerente.
Como assim sua carreira não vai te amar de volta? Posso te dar dezenas de exemplos, centenas. De médicos, empresárias, artistas, atletas, políticos, religiosos, chefs, humoristas, cientistas… Quem não ama a sua carreira, aí sim não deve esperar ser amado de volta. Vai lá, faz o mínimo, bate o cartão e volta pra casa.
A forma como nos relacionamos com o dinheiro também cria uma ideia tão surreal de carreira. Tem que ganhar, muito, e ainda ter muito orgulho do que faz. Enfim, muitas camadas. Ótimo texto Vanessa!
Que texto, que knockout! E a imigrante-latino-brasileira no limbo entre o protestante e o católico tendo crise de identidade e carreira por aqui: sim ou sim.
mandando abraço de imigrante para imigrante aqui <3
Caramba! Queria escrever bem assim!!!
eeeita
quando eu li sobre a influencia dessas logicas da religiao catolica ou protestante no sul e no norte do globo, uma chave de compreensao do mundo se abriu pra mim. esse pensamento do Max Weber é um classico. quanto a nos, como ratos, é aquela velha maxima: se correr o bixo pega, se ficar o bixo come. obrigada pela reflexao!
podemos (devemos, por que não?) ser bem mais do que um cargo bonito no crachá.
Esse texto me pegou TANTO. Ainda mais agora, que eu decidi "ficar por conta" já que não tô conseguindo trabalho fixo (o que aparece, não paga nem 1/3 das minhas contas). E eu DETESTO a frase: "trabalhe com o que você gosta e você nunca mais irá trabalhar". É uma das maiores inverdades da atualidade.
PEDRADA
Você escreve muito bem o que dói